terça-feira, 24 de maio de 2011

Respirando, Meditando e Comendo Menos

Passei os últimos 6 dias em um workshop de técnicas de respiração, meditação e relaxamento. Gostei muito! Agradeço ao meu irmão que insistiu que eu fosse com ele. Muito interessante descobrir o poder que você tem sobre o seu próprio corpo. Durante esses dias eu dormi melhor, fiquei mais tranquila e até senti menos fome. Uma ótima forma de reduzir a ansiedade que atrapalha tanto a adesão às dietas.

Durante os dias do curso os instrutores aconselharam a todos a não comer carne (de nenhum tipo), beber, fumar, tomar refrigerante ou bebidas com cafeína. A ideia era deixar o corpo e a mente mais leves e livres de toxinas. Eu segui a risca às recomendações apesar de pessoalmente não ser vegetariana, mas já que me propus a fazer o curso é para fazer direito, não é mesmo?

Fiz então uma panela de carne de soja para ajudar a passar os dias. No domingo teve almoço comunitário e acabei levando a carne de soja pra lá. Meus coleguinhas de curso adoraram e por isso, coloco a receita aqui. Se a quantidade de tempero parecer exagerada, não estranhe. É a única forma de ficar realmente gostoso. Pena que eu não tirei foto.




CARNE DE SOJA MOÍDA

2 xícaras de proteína de soja texturizada
4 xícaras de água quente
2 ou 3 colheres de sopa de óleo de canola
2 cebolas grandes inteiras picadas
1 cabeça de alho picada
1 colher de sopa de gengibre picado bem pequeno
2 tomates sem pele e sem semente picados
3 colheres de sopa de azeitonas verdes
3 colheres de sopa de salsinha picada
molho shoyu light
pimenta do reino a gosto
sal a gosto (só no final mesmo porque o shoyu e a azeitona já são bem salgados)

Prepare a proteína de soja conforme a instrução da embalagem. Normalmente são 2 partes de água para cada parte de soja. Ferva a água e derrame por cima da soja em uma vasilha funda. Deixe hidratar por 20 minutos. Depois escorra a água e esprema o bem até tirar todo o excesso.
Refogue a cebola e o alho. Depois acrescente o gengibre. Adicione a soja já espremida e refogue na panela até secar a maior parte da umidade. Acrescente as azeitonas, os tomates e o molho shoyu (suficiente para deixar tudo moreninho, com cor de carne moída). Tampe e deixe cozinhar por mais uns 5 munitos. Mexa de vez em quando. Já no final, ponha a salsinha, a pimenta e o sal se precisar.

Em um próximo post falo da diferença entre a soja como consumimos por aqui (grão, extrato, farinha, óleo, proteína texturizada) e como os orientais consomem (misso, tempeh, tofu, shoyu) que são todos fermentados.

Beijos,

terça-feira, 17 de maio de 2011

QUINOA - Nutrindo uns e desnutrindo outros

Comumente confundida como grão, na verdade a quinoa é uma semente de uma planta da subfamília Chenopodioideae. Ganhou popularidade nos últimos anos, mas é há séculos conhecida e consumida nos  Andes antes da colonização espanhola. O alto valor nutritivo da quinoa despertou interesse mundial (até a Nasa já a estudou para a alimentação dos astronautas).



O consumo aumentou e o valor no mercado também. O problema é que o preço aumentou de tal forma que a população local está deixando de consumir a nutritiva semente e optando por alimentos processados e industrializados e bem mais baratos. Na Bolívia, 1 kg de quinoa custa o equivalente a US$4,85 nos supermercados. Já a mesma quantidade de macarrão custa US$1,20 e de arroz US$1,00 - opções bem menos nutritivas. O governo local já se preocupa e começa a tomar providencias.

Isso me fez pensar no que pode estar acontecendo por aqui, terra brasilis. Lembrei imediatamente de dois produtos nacionais que estão fazendo muito sucesso. O Açaí e a Castanha do Pará Brasil.


 O açaí virou a frutinha sensação por conta da alta concentração de  vitaminas e minerais e potentes antioxidantes com promessas de prevenir doenças e adiar o envelhecimento, além de ser altamente energético.  Em Nova Iorque virou um must. Extratos concentrados, cápsulas, sucos, águas flavorizadas estão por toda a parte. Em Paris já tem cosmético antiruga a base de açaí. Mas como será que ficou o preço do açaí? Como anda o consumo de açaí na própria região norte onde é produzido?
Em um artigo de 2007, Rodolfo Salm, Doutor em  Ciências Ambientais e pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi já falava da alta de preços do açaí em Belém. Para ler na íntegra, segue o link.  http://titaferreira.multiply.com/recipes/item/52/52

E a castanha do Pará? Quem aí nunca ouviu uma nutricionista dizendo que comer 1 unidade de castanha do pará por dia fornece toda a quantidade de selênio necessária além de ser fonte das gorduras boas?  Até pouco tempo atrás, a única castanha que a gente comia era de caju (pelo menos nós aqui do sudeste).

Será que daqui a pouco a gente também não vai mais conseguir comprar açaí e castanha do pará?

Beijos,


Fonte: Planeta Terra (abril 2011) e  Embrapa.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

MÚSICA PARA COZINHAR

Fazer um maior número de refeições em casa é fundamental para manter uma alimentação mais saudável. Eu gosto de cozinhar e tentar pratos novos, mas eu sei que tem muita gente sem a menor intimidade com a cozinha, ou que acha a tarefa chata. Minha dica é: música para alegrar os ânimos! Eu adoro cozinhar ouvindo música! (E tomar banho também.) Ponho o Ipod na cozinha e deixo o sonzinho rolando. É quase uma terapia.

Então para inaugurar a sessão Música para Cozinhar do blog segue a sugestão de hoje. Tenho escutado muito o albúm da Caro Emerald e essa música é uma das que eu mais gosto.




E aí? Quem se anima de cozinhar alguma coisa neste fim de semana ouvindo uma musiquinha?

Beijos,